Bem, estou de férias do trabalho. Toda vez que fico de férias, tenho mais tempo livre para ler, pensar, decidir algumas coisas, enfim, conversar comigo mesma longe de toques de telefone intermináveis e e-mails infinitos.
Ontem fiz um ano de casada. Foi muito bom ter um tempo de qualidade e ficar fora por uns dias com o Ti. Me senti renovada, alegre, e me dei conta que as pequenas coisas da vida que fazem toda diferença. É isso que vc leva na alma, essas são as recordações que vão te acompanhar em toda a sua história.
No mundo louco que vivemos hoje, esquecemos muitas vezes do quanto é linda uma vista cheia de árvores, como é lindo estar perto de uma neblina no cume de um monte, como é perfeita a criação de Deus. Num mundo que o valor que vc tem acaba sendo demonstrado em aparelhos eletrônicos da moda, no tipo da sua casa ou no carro importado que vc anda, as coisas que realmente importam acabam sendo deixadas de lado. Nesses dias fora, sem conexão com o mundo globalizado, me dei conta de que me senti muito mais feliz. Não precisava de nada lá. Não precisava de Wi-fi. Precisava de mim mesma, do meu esposo comigo, e daquele cenário à minha volta. Os barulhos dos pássaros, barulhos de água... Sinceramente, não precisava de mais nada.
Não me senti feia. Não tinha ninguém para falar que eu tinha engordado. Não tinha ninguém pra me humilhar. Não me senti sozinha. Uma conexão com Deus incrível!
Se não precisamos de mais nada, só de coisas simples, por que nos estressamos tanto? Por que queremos mais e mais, queremos alcançar objetivos loucos que na verdade não são nem o que queremos de verdade? Sinceramente, eu me pergunto isso sem ter a resposta pronta para dar a vocês.
Sabe, me senti muito bem no dia 2 de novembro. Foi um dia incrível para mim. Vc deve pensar: No dia dos finados? E eu te digo: Isso mesmo. E sabe onde eu estava? Passei o meu dia num cemitério. Deve estar me achando maluca, mas vou explicar.
Minha igreja fez um evangelismo no cemitério. E evangelizei como nunca antes. Falei de Jesus, orei por tanta gente... chorei e senti a dor daquelas pessoas. Pude dizer a elas o quanto Jesus se importava e que havia um lugar para chegarmos depois da morte. E que só dependia de nós, se chegaríamos lá para morar com Jesus ou não. Pude dizer que a porta estava aberta para quem quisesse entrar, e era só aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.
Bem, nessa hora a minha alma se encheu de paz e de alegria. E eu tinha algo material de valor naquele momento? Bem, de material não tinha nadinha, mas de precioso eu tinha a vida daquelas pessoas. As lágrimas, os sorrisos, os abraços, os olhares. Aquilo para mim era o que importava e o combustível para eu entender que minha vida aqui tinha um propósito. Eu não nasci em vão.
Estou sacudindo a minha vida nesses dias e te aconselho a fazer o mesmo. Vale a pena.
Saudades de rasgar minha alma aqui no blog. Amo vocês!
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